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População de Mata instalou sirenes de alerta para evitar novos ataques criminosos

Camila Gonçalves

Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)

Não só para prevenir a população de desastres naturais, como acontece em países como Estados Unidos e Japão, são utilizados sinais sonoros. A cidade de Mata, na Região Central, instalou um sistema semelhante para alertar os cerca de 5 mil habitantes de ameaças à segurança pública na cidade. Alvo de dois ataques bancários em menos de 30 dias, em fevereiro e março deste ano, a comunidade se mobilizou para pensar medidas que intimidassem as quadrilhas, que, na região, têm escolhido cidades com pouco efetivo policial para agir.  

Na primeira vez em que Mata foi atacada, duas agências bancárias foram alvos de explosão e uma terceira foi arrombada. Na segunda, dois bancos, duas lotéricas e um clube recreativo foram invadidos.

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A solução encontrada pela população foi uma campanha que mobilizou moradores do município para fazer doações em dinheiro. A população se organizou em uma comissão provisória, e cada família doou R$ 100. Ao término da vaquinha, puderam comprar as sirenes.

Com alcance sonoro de 3 km, um dos equipamentos está instalado no prédio da prefeitura, na área central da cidade. Outras oito sirenes estão em locais estratégicos, não divulgados por medida de segurança. As pessoas que podem disparar o alerta também são mantidas em sigilo. O dispositivo custou cerca de R$ 4 mil e está instalado desde junho, mas já passou por vários testes. Antes da primeira emissão sonora, o prefeito Sérgio Brunning fez o aviso à população por meio de uma emissora de rádio, para evitar sobressaltos.

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O empresário Paulo Roberto Dambros, 26 anos, é um dos envolvidos na arrecadação de fundos para fortalecer a segurança. De acordo com ele, a comunidade passou a se comunicar por um grupo de WhatsApp e promoveu reuniões com registro em atas, tudo para formalizar as decisões em grupo. Com o dinheiro em mãos, os representantes procuraram a Brigada Militar para oferecer apoio financeiro com o que sobrou do recurso. Como os policiais já tinham armamento suficiente, sugeriram a instalação de um portão na garagem do quartel e a compra de uma impressora.

- Toda a população ajudou. Foi um trabalho que não envolveu órgãos públicos. A compra da sirene foi decidida em conjunto - contou Dambros.

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De acordo com o prefeito, foi aprovada na Câmara de Vereadores uma lei criando um Conselho Municipal de Segurança Pública. O órgão será formado por membros da sociedade civil, que serão escolhidos por meio de votação. Mata, agora, conta com nove policiais militares e patrulhamento esporádico do 2ª Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar, com sede em Santa Maria. 


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